A primeira transa feminina geralmente é marcada por expectativas e dúvidas sobre dar e ter prazer sexual.
De maneira geral, a insegurança, a tensão em relação ao desempenho na cama e ao coito impedem a mulher de entrar no clima erótico. Desfocam sua atenção das carícias, da excitação tomando conta de todo seu corpo e, consequentemente, atrapalham na lubrificação adequada da vagina para a penetração.
Também não é incomum a mulher se sentir insegura na primeira transa com um novo parceiro. Em ambos os casos, é fundamental que ela sinta confiança e atração sexual pelo parceiro. Isso cria um clima de descontração entre o casal. As expectativas negativas, do tipo "algo vai dar errado, não sou boa de cama, ele não vai gostar", só servem para deixá-la nervosa e ansiosa.
Muitas pensam na vergonha, têm medo das dores durante a penetração ou de não agradar. Outras, mais desencanadas, conseguem viver a novidade da primeira relação com maior descontração.
Os rapazes também têm suas dúvidas quando a lua-de-mel se aproxima e as futuras esposas são virgens. Para eles tenho algumas dicas:
- A combinação de romance e sexo funciona bem. Elogios, carícias por todo o corpo, uma combinação de palavras carinhosas e eróticas ao ouvido e uma "pegada" (mostrar que sabe o que está fazendo) são preliminares poderosas.
- Acariciar o clitóris com os dedos, descendo até o introito vaginal (parte inferior da vagina, bem perto do orifício por onde sai a urina), auxilia na excitação. Massageie a entrada da vagina com a ponta dos dedos, dessensibilizando o lugar, para depois vagarosamente introduzir o pênis.
- Não tenha pressa de ir para a penetração. A mulher precisa estar bem excitada. Quanto maior a excitação, menor a possibilidade de sentir dor e maior a facilidade para ter o orgasmo na primeira relação.
- O sexo oral é uma prática que provoca muita excitação, mas é preciso saber se ela se sentirá à vontade.
- A posição preferida dos casais na primeira transa é o "papai e mamãe". Além de facilitar o contato visual e o beijo, o homem consegue roçar o seu púbis no clitóris. Mas cuidado para não colocar o peso do corpo sobre ela, impedindo-a de respirar. Outra posição que pode favorecer a mulher é ele deitado de costas e ela por cima. Aqui ela tem o controle para introduzir aos poucos o pênis. Com a prática, o casal encontrará as posições que favorecem o prazer de ambos.

* Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal. Pós-graduada pela USP e autora do livro “Vaginismo, quem cala nem sempre consente".
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